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Crítica: Nova temporada de Malhação resgatou os conflitos da juventude e deu novo fôlego


Quando a Globo anunciou a estreia da nova temporada de Malhação, não parecia que daria muito certo. Afinal, só nas últimas temporadas, a novelinha teen decepcionou (e muito) em conflitos fracos e romances metódicos que enchiam linguiça e só. A verdade é que, parando para assistir a 20º temporada, que estreou na última segunda-feira, 13, a avaliação é diferente. A nova fase de Malhação tem roteiro bem costurado, com temas do cotidiano, está ensolarada, com muitas sequências externas e cenários vivos, embora eles não tenham escapado de alguns clichês clássicos da trama (o menino do skate, a garota do violão). A abertura, fotografia e trilha sonora também estão muito bem caprichados.

Por hora, a Malhação atual desbanca a temporada anterior, que era confusa, mal-amarrada e cheia de suspenses sem sentidos, com umas reviravoltas que mais atrapalhavam o roteiro do que ajudavam a melhorar. Com tratamento de novela, Malhação aparece com qualidade de imagem em HD. É tudo muito superior a tudo o que já se viu no horário.

Desde 1995, quando entrou no ar, trazia histórias interessantes que se passavam numa academia de ginástica, até que foi reformulada, em 1999, por Ricardo Waddington, e ganhou um novo gás. Entretanto, não se sabe o que houve, nem quem são os culpados. De lá pra cá, muita gente foi deixando de assistir o folhetim nos fins das tardes.

Mas, para reverter a situação, as autoras Rosane Svartman e Glória Barreto resolveram não economizar em nenhum detalhe. Dessa vez, usam conflitos que chamam a atenção do público, tipos bem elaborados com gostos, opiniões e dúvidas encontrados por aí na cabeça da galera.
Com essa proposta, o telespectador vê uma nova Malhação em cada segundo da trama, a impressão que se tem é que, mesmo após 18 anos, ainda existe fôlego para boas narrativas e reformulações, sem precisar perder a essência, basta procurar entender a cabeça dos jovens, saber o que andam comendo, lendo, ouvindo, assistindo, fuçando pela internet.
As autoras apostam nisso e muito mais. Criaram um triângulo amoroso entre a roqueira Ju, o popular Dinho e a delicada Lia, interpretados por Alice Wegmann, Guilherme Prates e Agatha Moreira. A história principal não é novidade para ninguém, todo mundo sabe, mas o que está em jogo são as tramas paralelas que se entregam a leveza, humor, escolhas, vestibular, redes sociais, balada e muita paquera. Se agarram a rivalidades, situações de sala de aula, medos, amizade, amores, insegurança, bullying, enfim, tudo aquilo que todo mundo passa até chegar à vida adulta.
Uma fórmula que deu certo em 2004 com Letícia, Gustavo e Natacha, de Juliana Didone, Guilherme Berenguer e Marjorie Estiano, integrantes da Vagabanda, que elevaram os índices de audiência da trama. Deu certo também com Pedro e Júlia, de Henri Castelli e Juliana Silveira (2002), Luísa e Víctor, interpretados por Manuela do Monte e Sérgio Marone (2003), Bernardo e Cristiana, de Fiuk e Cristiana Perez (2010). E, pelo que foi visto nos 20,6 pontos de audiência* durante essa semana, parece repetir a dose do sucesso.




Para dar certo, resolveram misturar o novo e o velho. Resgataram Mocotó (André Marques), que havia integrado o elenco nos primeiros anos da novela e o colocaram como um falso orientador vocacional. Trouxeram de volta o clássico rock na trilha sonora, adotaram novamente os conflitos dentro de casa. Do novo elenco, nos primeiros capítulos, destacaram-se Alice Wegmann, Elisa Pinheiro, Leonardo Miggiorin, Maria Paula e Juliana Paiva.
De olho na nova geração, Malhação consegue diariamente, em 30 minutos, abordar todos os personagens e mostrar a que veio. O nerd Orelha (David Lucas), por exemplo, aparece com celulares conectados à internet na mão. O garoto filma tudo e todos que convivem no Colégio Quadrante. Já a personagem Ju tem um tutorial de maquiagem no Facebook, aparece em cenas curtas, mas convincentes.
Já Fatinha (Juliana Paiva) vai como quer ao colégio. É repetente, senta no fundo da sala de aula, adora um funk e mal sabe o que fazer do futuro. Tipo que vemos por aí.
O desafio para Malhação, como nunca antes, está em evitar pisar fora dessas tramas reais sob pena de não obter a empatia dos adolescentes, eles querem se ver, ou ver os amigos deles como aqueles adolescentes da TV. Caso contrário, é muito mais fácil do que se imagina: a turma, exigente do jeito que é, vai desligar a TV e ir para o Twitter.  

Não convenceu:

- Alguns diálogos continuam infantilizados demais. Se é para ter roteiro real, então que seja feito. É preciso falar sobre maconha, álcool e tudo o que vier no pacote. Os adolescentes não estão longe desse universo.
- É preciso colocar ordem em algumas coisas. Se ninguém reparou nisso, então perceba. Os personagens entram como querem e bem entendem no Colégio. Levam violão, skate e... Uma bagunça.

Convenceu:

- O belo trabalho do diretor José Alvarenga. O moço aperfeiçoou o andamento das sequências e evitou a fotografia escura e os efeitos especiais traumáticos da temporada passada, investindo em cenas leves e com delicadeza, perfeitas para destacar o colorido da cidade do Rio de Janeiro. Tamanho cuidado enche os olhos do telespectador.
- É impossível não comentar o bom gosto da abertura. Tudo por ali, incluindo a música e coreografia condiz com a proposta da trama.

*Cada ponto de audiência equivale a 60 mil domicílios na Grande São Paulo e são prévios, fornecidos pelo Ibope

Fonte: UOL - Portal a Tarde.

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