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Quantanotícia: Malhação sem academia não faz sentido



Em 24 de abril de 1995 a TV Globo levava ao ar o primeiro capítulo de “Malhação”, que viria a se tornar um dos programas mais duradouros da televisão brasileira.

Idealizada por Andrea Maltarolli e Emmanuel Jacobina, “Malhação” seria mais que uma novela, seria o que nos E.U.A é chamado de “Soap Opera”, ou seja uma espécie de novela sem data de término, submetida à constantes reformulações. O programa seria voltado ao público infanto-juvenil, e os episódios se passariam exclusivamente nas dependências de uma academia de ginástica chamada “Malhação”, daí o nome.

É curioso, mas o público que hoje acompanha “Malhação”, não tem idéia de como era o programa na década de 90. Na primeira temporada, um jovem chamado Héricles (Danton Melo) vai trabalhar como zelador da academia Malhação, pertencente à Paula (Sílvia Pfeifer), e se apaixona por Bella (Juliana Martins), a qual era namorada do lutador Romão (Luigi Baricelli). O legal nessa época, é que a trama não era construída em cima dos protagonistas, pois em cada semana os redatores focavam em um determinado personagem, tratando de alguma questão referente à sua vida.

A temporada seguinte trouxe algumas modificações, pois a academia seria vendida, passando a ser gerenciada por Joana (Samantha Monteiro). Foi, no entanto mantido basicamente o mesmo elenco, estabelecendo uma noção de continuidade que se perderia até a temporada de 1999.

Protagonizada por Rodrigo Faro e Cássia Linhares, a temporada de 1998 trouxe uma grande reformulação, fazendo com que os episódios deixassem de ocorrer dentro da academia, dessa forma “Malhação” adquiriu uma narrativa absolutamente convencional, muito focada no casal protagonista. Esta temporada amargou baixos índices de audiência, acarretando em uma profunda reestruturação do programa.

Após alguns episódios do programa interativo chamado “Malhação.com”, foi iniciada uma nova temporada, na qual o Colégio Múltipla Escolha era erguido no local onde um dia havia sido a academia Malhação. A trama foi baseada no casal Rodrigo (Mário Frias) e Tatiana (Priscila Fantin), além das maquinações da vilã Érica (Samara Filipo). Notem que já não havia interligação com a temporada anterior, assim “Malhação” deixava de ser uma “Soap Opera”, tornando-se apenas uma sucessão de novelas diferentes com o mesmo título. É verdade que alguns personagens costumam ser mantidos, mas com a fixação de protagonistas, as temporadas se tornaram vinculadas a eles, sendo assim, substituídos os protagonistas, a temporada seguinte acabava invariavelmente por se estabelecer como uma novela diferente.

A temporada de 1999 iniciou também a fórmula “Casal se ama, mas vilã quer separá-lo”, que passou a ser uma constante em todas as temporadas. Essa triangulação se repetiria, por exemplo, em 2002 com Pedro-Júlia-Thaíssa, em 2004 com Gustavo-Letícia-Natasha, em 2006 com Cauã-Manoela-Priscila, em 2008 com Gustavo-Angelina-Débora, em 2010 com Bernardo-Cristiana-Bia, etc, etc, etc. Considerando que o trio em questão é sempre protagonista, as temporadas se tornaram repetitivas, pois passaram a tratar sempre das conspirações da vilã para separar o casal protagonista.

No geral, ao contrário do que muitos afirmam, “Malhação” não é um programa de todo ruim, pois é um dos poucos totalmente voltados ao público jovem, além disso, é um bom treinamento para jovens atores. Por outro lado, é necessário melhorar as histórias, o que é perfeitamente possível, tendo em vista a qualidade das primeiras temporadas. Agora convenhamos, “Malhação” sem academia não faz o menor sentido, né?


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