Muita gente vê despedidas de forma negativa. Mas não é assim para Guilherme Prates. O desfecho de Dinho em Malhação, que vai ao ar nessa próxima semana, marca o fim de um ciclo na temporada da novela e também o começo de novos caminhos para Guilherme: “Eu me sinto um pouco o vocalista de uma banda que vai tentar carreira solo, sabe? É impossível não levar em consideração tudo que essas pessoas fizeram. Eu devo tudo a esse grupo que a gente criou aqui”, afirma o ator, sobre os colegas de elenco e a equipe de Malhação. Confira uma entrevista exclusiva com Guilherme, que já começa a deixar saudades:

Como você avalia a história de Dinho nesse primeiro ciclo da temporada 2012-2013 de Malhação?
Eu tô saindo com a sensação de dever cumprido. Uma história muito bonita e bem legal foi contada nesses seis meses. E esse final vai fechar com chave de ouro. A gente preservou a história e não fugimos nenhuma vez do foco.

O que Malhação representa para você agora?

Malhação, sem dúvida, foi o meu maior trabalho até hoje. Foi um marco na minha carreira. Mas tudo que veio antes e tudo que vem depois que vai mostrar o ator que eu sou. Isso é construção de carreira e, sem dúvida nenhuma, Malhação foi um passo muito importante, foi uma escola, foi o primeiro passo para a maturidade. As pessoas que eu encontrei aqui foram encontradas no momento certo e, com certeza, vão marcar minha história tanto na vida pessoal como na profissional.

Você fez muitos amigos em Malhação? Pretende continuar as amizades?

Vou levar os amigos que fiz aqui pro resto da minha vida. Eu moro com a Cacá (Ottoni, a Morgana). Com certeza, as pessoas que eu conheci aqui foram muito importantes. A Agatha (Moreira, a Ju) foi muito importante na minha vida. O Vitor Sparapane (Fera), o David Lucas (Orelha), o Daniel Blanco (Gil), a Juliana Paiva (Fatinha)... não dá para falar o nome de todo mundo. Mas a gente aqui encontrou um grupo. Agora, eu me sinto um pouco o vocalista de uma banda que vai tentar carreira solo, sabe? É impossível não levar em consideração tudo que essas pessoas fizeram. Eu devo tudo a esse grupo que a gente criou aqui.

O que mais vai deixar saudades?

Vir aqui todo dia (no Projac - Central Globo de Produção). Malhação tem uma característica especial. Você vem gravar todos os dias com as mesmas pessoas. Forma uma família. Não é clichê falar isso. São pessoas que eu convivia mais tempo do que minha família, do que as pessoas que moram comigo.

Você já disse que era muito fã de Malhação na época do Cabeção. Agora como é para você saber que é o Dinho e que marcou também a história de Malhação?

Malhação tem um pouco isso. Os personagens são muito marcantes. Acho que isso é um pouco da essência do jovem também. Tudo pro jovem é muito marcante. É numa fase da vida que tudo é uma grande novidade, uma grande descoberta. Qualquer coisa que aparecer na sua frente pode te marcar pro resto da vida. A ficha ainda não caiu. Eu não tenho como fazer um retrospecto e avaliar se eu entrei pra história da Malhação. Eu sei que eu fui muito feliz durante seis meses. Eu sinto como foi marcante pra mim e espero que tenha sido pra todo mundo.

Quais são seus projetos para o futuro?

No teatro, eu estou com duas peças, uma como ator e outra como assistente de direção. Os meus projetos fortes e sólidos são no teatro, mas eu tenho ambições para o cinema e para a televisão. Hoje, talvez, a minha grande vontade é fazer cinema, um veículo em que eu nunca trabalhei.