Se liga! Fera com DDA? Saiba mais sobre o Distúrbio de Déficit de Atenção
Rita (Jéssica Ellen) anda desconfiada de que há mais motivos além do surfe por trás das notas vermelhas de Fera
(Victor Sparapane). A garota acha que o surfista pode ter DDA. Não sabe
o que é isso? Então, se liga! DDA quer dizer Distúrbio do Déficit de
Atenção e é uma disfunção neurológica na área do cérebro responsável
pelo aprendizado.
“É uma dificuldade no controle da atenção. O portador é motivado por
extrema excitação e interesse por novidades, principalmente as que lhe
causem satisfação ou prazer. As pesquisas atuais mostram que, quanto
mais as pessoas que têm DDA tentam se concentrar, é pior para elas.
Quando um pai ou um professor põe pressão na pessoa a fim de que ela
melhore seu desempenho, ela se torna menos eficiente”, explica a
pedagoga Soraya Mendonça Marques.
Como não consegue se concentrar e focar em um assunto, a pessoa que tem
DDA normalmente vai mal na escola: “As direções, tempos e ritmos de
aprendizado serão determinados pelo professor. E, aquele que desconhece
o problema, acaba concluindo que esta criança é rebelde ou
irresponsável. Essa atenção negativa gera um clima de embate entre o
professor e aluno 'problemático', dispersando com isso o interesse das
outras crianças. O desempenho escolar dessa criança é marcado pela
instabilidade e mais uma vez o seu sentimento de inadequação surge,
aumentando o rombo na sua autoestima”, afirma Soraya.
Soraya afirma que a criança ou adolescente com DDA apresenta três
sintomas principais: distração, impulsividade e hiperatividade. “A
desatenção se manifesta por mudanças frequentes de assunto, falta de
atenção no discurso alheio, distração durante conversas ou não
cumprimento de regras em atividades lúdicas, alternância constante de
tarefas, além de relutância no engajamento de tarefas complexas que
exijam organização. Pessoas que sofrem de DDA mostram sintomas como
pouca atenção, dificuldade para se concentrar, distração,
desorganização, hiperatividade, problemas de controle de impulsos,
dificuldade de aprender com erros passados, falta de previsão e
adiamento”, diz a pedagoga.
E, acredite, o distúrbio é mais comum do que se pensa! Cerca de 5% das
crianças em idade escolar têm DDA e o distúrbio é mais comum em meninos.
Soraya explica que o tratamento tem que ser multidisciplinar: “O
tratamento deve ser personalizado por uma combinação de medicamentos,
orientação aos pais e professores, além de técnicas específicas que são
ensinadas ao portador. A psicoterapia também é indicada para o
tratamento do DDA. O tratamento com fonoaudiólogo está recomendado em
casos específicos onde existem, simultaneamente, outros transtornos. O
uso de medicamentos, também pode ser necessário, porém deve ser sempre
um, coadjuvante e prescrito pelo médico que acompanha o paciente”.
E aí? Acha que tem DDA? Desconfia que alguma amigo seu possa ter? Converse com seus pais e professores e procure ajuda médica!
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