O espírito aventureiro de Dinho anda afetando a vida de muita gente em Malhação. Ju (Agatha Moreira) já sofreu pela impulsividade do garoto e Lia (Alice Wegmann) foi "trocada" por Valentina (Elisa Brites) durante a viagem de férias do garoto. Mas será que Guilherme Prates, o intérprete de Dinho, é tão impulsivo como o rapaz? Confira na entrevista abaixo:

O que o Guilherme tem de Dinho e o que o Dinho tem de Guilherme?

Os dois são muito sonhadores, têm muita vontade pela novidade. Nisso, a gente é muito parecido. Esse desprendimento na vida também é outra coisa. Nós dois não temos medo de fazer escolhas nem das consequencias. É um personagem que usou muita coisa do Guilherme. Temos uma vontade enorme de viver e experimentar tudo que puder.

Você acha que o Dinho é um menino imaturo ou a impulsividade faz parte do espírito livre dele?

É da idade. É um garoto que curte até onde dá. Eu acho que ele mede as consequencias, mas, às vezes, as consequencias surpreendem. As coisas se tornam uma bola de neve e te perseguem depois. Acho que ele não tem essa maturidade ainda. Mas, mesmo quando tiver, ele vai continuar experimentando. Aí vai conseguir mudar e ver as consequencias antes. Mas o espírito de impulsividade vai continuar, ele vai continuar experimentando e se testando. Mas com um pouquinho mais de cautela.

Na impulsividade, Dinho já traiu a Ju (Agatha Moreira) e a Lia (Alice Wegmann). O que você acha de traição?

Traição é muito complicado. Vai do contrato entre as duas pessoas. Para algumas pessoas, é ok. Traição é tranquilo e, às vezes, não é traição, é um relacionamento aberto. Vai muito do contrato, do acordo que existe entre as duas pessoas.

Você também tem espírito aventureiro? Sonha em viajar pelo mundo?

Tenho também. Meu sonho é ainda um pouco mais pé no chão. Eu sonho em viajar pelo mundo, sim. Mas meu sonho principal é me consolidar mais como ator, é mais concreto.

Como está sendo a recepção do público?

O pessoal gosta muito do Dinho, é um personagem muito querido. Justamente porque ele é muito sincero. Apesar das traições, ele não se trai em nenhum momento. Ele não se permite sentir alguma coisa por artificialidade, ele sente de verdade. As meninas gostam disto.

Você recebe muita cantada das meninas?

Cantada não, nem tanto. Sou mais caseiro, fico mais na minha. Na internet a gente sente mais esse calor. Quando eu saio na rua também. O pessoal gosta de parar, tirar foto... eu consigo fazer tudo normalmente. Quem estiver na rua, vai ver o Guilherme de sempre. Não mudei absolutamente nada.

Como é o relacionamento com a galera do elenco?

O maior presente que a televisão pode dar são seus companheiros de trabalho. É uma rotina diária, muito intensa. Eu passo mais tempo aqui do que em casa. Fiz grandes amigos, pra vida inteira. Por começar pela Cacá (Ottoni), que é a minha grande parceira na vida, o Dani (Blanco), o Vitor (Sparapane).

Além da TV, você também se dedica muito ao teatro, né?

O teatro é uma grande paixão. Não consigo ficar longe, eu vivo muito pro teatro. Comecei com oito anos, bem molecote, fazendo peças amadoras. Minha primeira peça profissional foi aos 16 anos. Aí eu não parei e não teve um ano que eu fiquei sem pisar no palco.

É muito diferente da TV?

É diferente, não tem corte, a visão é do palco, você faz pra 200, 300 pessoas. Teatro você faz pro público presente, você troca o tempo inteiro. É uma história fechada, que se resolve naquele momento. É vivo.