Ao contrário de Sal, Pedro Cassiano abomina a violência contra a mulher
Foi triste ver Sal (Pedro Cassiano) agredindo Luana (Louise D`Tuani) em Malhação.
Mas, infelizmente, a cena de ficção é uma das realidades em voga no
Brasil. O ator Pedro Cassiano, que está com 25 anos, acha importante
esse tema ser discutido na novela, pois acredita que, dessa forma, a
população fica mais atenta para enfrentar, evitar e ajudar a acabar com a
violência contra a mulher.
“'Abominável' é a palavra. Na verdade esse é o tipo de coisa que
acontece com muito mais frequência do que as pessoas pensam. E esse tema
não está na trama apenas por uma questão dramática, mas é também uma
maneira das autoras retratarem um problema que é real no Brasil”,
comenta o ator.
Louise D’Tuani concorda com o colega de elenco e ressalta a importância
do assunto vir à tona. “É muito triste. Eu nunca vivi isso de perto.
Nunca vivi isso na minha família e nem tenho amigos que passaram por
isso. Mas acho que nessas horas tem-se que ser corajosa. Acho que a
Luana fica com medo. Ou é a carência de querer estar com alguém. Aí
acaba não falando nada. Ela recua e continua com ele. É um assunto muito
delicado. É bom falar sobre isso porque vai servir como um alerta para
todas as pessoas”, afirma a atriz.
Vilão! Sal se excede na força ao falar com Luana (Foto: Malhação / TV Globo)
Pedro Cassiano se sente privilegiado pela oportunidade de, através do
seu personagem, ser o porta-voz do tema às gerações mais jovens: “Para
mim é muito valioso fazer esse personagem porque é uma função social
importante. É uma oportunidade preciosa de ser o exemplo de como um
homem não deve proceder”, diz o ator, que dá a receita de como ter um
relacionamento saudável e feliz.
“Nunca se deve fazer isso que o Sal faz com a Luana, que é agredir.
Para que um relacionamento dê certo é preciso que haja respeito e
paciência. O bom de namorar é dar carinho, dar amor. É muito legal
receber, mas percebi ao longo da minha vida que dar carinho, dar amor e
ter sempre respeito ao próximo é muito bom. É a graça da relação. Se não
tiver isso, é melhor que não exista a relação”, opina.
ONU: veja alguns números da violência contra a mulher:
De acordo com a Organização das Nações Unidas, 7 entre
cada 10 mulheres no mundo passaram por algum fato de agressão sexual ou
física ao decorrer da vida. Entre 1980 e 2010, 92 mil mulheres foram
assassinadas no Brasil, país que aparece na 7ª posição no ranking de
países com altos índices de homicídios femininos no planeta.
O "Ligue 180", telefone da Secretaria de Política para as Mulheres,
recebeu 389 mil ligações em 2012, número 32% superior ao registrado em
2011. E 47 mil mulheres vítimas de violência física foram atendidas pelo
sistema público de saúde em 2011.
O Brasil possui a Lei Maria da Penha, sancionada em agosto de 2006, que protege as mulheres contra qualquer tipo de violência.
A Lei define violência contra a mulher como qualquer ação ou omissão
baseada no gênero que promove morte, lesão, sofrimento físico, sexual,
psicológico e dano moral ou patrimonial. Garante também o direito de
afastamento da mulher do trabalho por até seis meses e prevê até três
anos de prisão para os agressores.
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