Atores que interpretam os pais de Rafael apóiam combate ao bullying
Não é de hoje que Rafael (Rodolfo Valente) vem sofrendo com a perseguição de Orelha (David Lucas). Mas o nerd passou dos limites implicando com o garoto só porque ele sonha ser bailarino. A coisa fica tão séria que os pais de Rafa entram em cena para tentar acabar com os ataques do bully boy. Os atores Jandir Ferrari e Paloma Riani, que interpretam os pais do ex-namorado de Morgana, aproveitaram os intervalos das gravações para comentar esse terrível preconceito que atinge grande parte das crianças e adolescentes ao redor do mundo.
“De diversas formas isso acaba acontecendo na vida do adolescente. Eu achei muito legal essa participação que eu fiz porque é uma coisa que traz o pai para perto dos filhos. É claro que a gente precisa de mecanismos para tratarmos o bullying como se fosse um ato de violência, o que realmente é. Mas acho que a proximidade dos pais para que estejam apoiando os filhos que sofrem bullying e reprimindo os que cometem pode mudar bastante”, diz Jandir, que está com 47 anos e tem uma filha e um neto.
Já Paloma Riani, que tem um filho, teve contato direto com o bullying. A atriz conta que, quando criança, sofria rejeição na escola e confessa que chegou a apanhar de algumas meninas que não gostavam dela por conta de sua aparência e de seu comportamento.
“Meu filho não sofreu bullying, mas eu sofri quando era criança. Eu branquela desse jeito, com os olhos azuis, cabelo liso até a cintura, estudante de escola pública e pai comunista, era massacrada, até porque eu era muito tímida. O teatro que me salvou. E num ambiente que não tinha nada a ver comigo, teoricamente, com meu jeito de ser, eu fui muito atacada. Eu levava surra. As meninas se reuniam para me pegar na esquina assim que eu saia da escola. Meu pai dizia para eu enfrentar. Antigamente era assim. Eu chegava em casa chorando e me sentindo um ser diferente”, diz a atriz.
“O meu filho teve num determinado momento na sala de aula dele um menino que era diferente. E o meu filho se irritava muito com esse menino. Então hoje ele diz para mim: ‘mãe, como foi bom ouvir as coisas que você me dizia. Eu fui tendo paciência. É meu amigo’. Hoje o menino é o melhor amigo dele. Acho que o meu filho praticava o bullying nesse menino, talvez. Teve um momento que cheguei a me preocupar bastante, o menino era muito discriminado. Mas tudo se resolveu, com muito diálogo e um colégio muito presente”, revela.
Jandir Ferrari acredita que o combate ao bullying deve começar em casa, na educação dos filhos.
“A grande coisa é a gente não se afastar dos filhos. Saber o que acontece com eles na escola, saber o que acontece com eles na vida. Temos que estar juntos, de qualquer lado. Dizer que os dois lados estão errados. E nós, pais, somos os mais errados, pois temos a função de educar”, finaliza.
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