Gabriel Chadan: Passos de um aprendiz
O discurso racional e a naturalidade com que Gabriel Chadan fala sobre seu trabalho em Malhação mostram que não são todos os atores jovens que se deslumbram com a estreia na televisão. “Não me enquadro no grupo de galãs. Como não tenho esse apelo, aposto na minha qualificação como ator”, avalia. Na pele de Lúcio, principal vilão da temporada, Gabriel se sente à vontade para justificar as ações de seu personagem. Para ele, se Lúcio não fosse loucamente apaixonado por Catarina (Daniela Carvalho), o personagem seria um exemplo a ser seguido. “Ele é acima de tudo muito inteligente. E usa essa característica para manipular as pessoas.”
A temporada atual da novela está na metade e investe cada vez mais em assuntos polêmicos. “Acho que agora o elenco está afiado e o texto está fluindo melhor. É bom falar sobre algumas feridas sociais para o público do horário”, ressalta o ator, que atualmente se divide entre o trabalho em Malhação e o projeto musical Fulanos e Sicranos. Na banda, formada por vários amigos, Gabriel toca percussão e se arrisca nas rimas. “O nome diz tudo. Não temos identidade, apenas ideias e sentimentos.”
RAIO X
Nome: Gabriel Fernandes Pereira.
Nascimento: Em 9 de dezembro de 1987, em São Paulo.
O primeiro trabalho na tevê: Uma participação na temporada passada de Malhação.
Sua atuação inesquecível: Meu personagem no curta Do Céu Ao Inferno. Trabalho que também
dirigi ao lado de amigos.
Uma interpretação memorável: Wagner Moura
em qualquer personagem. Ele trabalha de verdade e me mostra como sou medíocre.
Um momento marcante na carreira: Quando fiquei sabendo que tinha passado para trabalhar em Malhação.
Ao que assiste na tevê: Assisto a pouca coisa.
Quando não estou gravando, estou com meus
amigos, surfando, aproveitando o Rio de Janeiro.
De vez em quando assisto às novelas.
Ao que nunca assiste: Telejornais.
O que falta na televisão: Programas que mostrem a realidade.
O que sobra na televisão: Mentiras.
E o povo ainda acha que está informado.
Ator: Wagner Moura.
Atriz: Andréa Beltrão.
Com quem gostaria de contracenar: Wagner Moura.
Novela preferida: Das últimas que vi, gostei muito de Passione e Escrito nas Estrelas.
Cena inesquecível na tevê: Uma cena do Fábio Assunção que evidencia a passagem de tempo na minissérie Dalva e Herivelton. Tudo na cena é essencial.
Melhor abertura de novela: Passione, de 2010.
Vilão marcante: O Coringa. Tanto na interpretação
do Jack Nicholson quanto com o Heath Ledger.
Personagem mais difícil de compor: O Lúcio, meu personagem atual.
Que novela gostaria que fosse reprisada:
A Viagem, de Ivani Ribeiro, exibida em 1994.
Melhor bordão da tevê: “Ah, moleque!”,
dos humoristas do Pânico na TV.
Canção inesquecível de trilha sonora:
Nosso Estranho Amor, de Caetano Veloso.
Com quem gostaria de fazer par romântico: Bianca Bin e Aline Moraes.
Filme: Duelo de Titãs, de Boaz Yakin.
Livro de cabeceira: O Peixe Dourado, de Peter Brook.
Mania: Batucar em qualquer coisa e ficar
rimando em cima do som.
Diretor: José Padilha.
Medo: De perder a noção da realidade. Penso tanto
que tenho medo de ficar louco. Às vezes tenho a impressão que já sou, mas ninguém me conta.
Vexame: Já tive dor de barriga enquanto estava no palco.
Projeto: Continuar o trabalho em Malhação e fazer cinema.
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